O caminho do meio
- Paula Lins
- 12 de mar.
- 2 min de leitura

No terreno biológico, quando um organismo está pronto para nascer ele procura fertilidade na diversidade e encontra nas forças opostas a completude que o fará se desenvolver mais forte. O que está adormecido em uma parte, está desperto na outra e vice-versa. Cada criação é mais um passo de união que nos aproxima da integração das polaridades.
Tudo o que nasce, começa a partir do nada, no espaço onde só existe consciência ilimitada sem contornos. E, no tempo divino, vem a ser no espaço das formas. A forma é muito importante para que a essência possa se manifestar neste mundo.
Podemos chamar uma árvore por qualquer nome, em qualquer língua, ela continuará sendo uma árvore. Porque não é o nome que importa, é a essência. A Verdade está na essência. E a essência se manifesta na forma. A vida espiritual não pede a negação da forma, a negação é só um aspecto do medo. A limitação da forma nos dá direção e foco na missão. Traz o elemento terra que nos mantém constantes na manifestação. O aterramento nos ajuda no caminho da verdadeira liberdade, porque somente com as raízes firmes atingimos um equilíbrio que nos ajudará a baixar a consciência pura na mente. Por outro lado, o apego também é um aspecto do medo. Ele engessa a forma e comprime a essência.
O caminho é o do meio. Reconhecendo o próprio tempo, o próprio ritmo, mas também saindo um pouco do individualismo unilateral para aprender a dançar com o ritmo do outro. E, juntos, dançar com o tempo divino que, pode até respeitar o tempo de rega de cada planta, mas quando precisa trazer chuva ou sol para a expansão do todo, simplesmente traz. Cabe a nós a sabedoria de receber, confiar e fluir com ele.
Luz,
Paula
Comments