Deus não é um enigma a ser resolvido, mas uma presença a ser vivida
- Paula Lins
- 20 de fev.
- 2 min de leitura

Deus… Sigo na jornada para compreendê-Lo já sabendo que não posso dar-Lhe um significado, pois, nesta peregrinação, perco o sentido quando paro para explicar algo que não requer explicações. Menos sentido ainda encontro em ficar (re)ssentindo dogmas e interpretações, criados pelos limites da nossa condição humana, que ainda não pôde realmente alcançar Deus. Ou em discutir seu gênero, raça, cor, forma, cheiro… Sinto que quanto mais tentamos libertar Deus em nós, mais O limitamos, capturando-O dentro de formas e conceitos que parecem tão novos e livres, mas que nos aprisionam no ponto de partida, porque reforçam os muros e preconceitos que tanto queremos transformar. No fim, estamos capturando a nós mesmos nesta grande armadilha do ego.
A infinitude de Deus não pode ser fixada em definições. Abandone a necessidade de explicar, viva a experiência e você não precisará de nada concreto para compreender Seu significado. Aceite que no momento em que você pensa que finalmente entendeu algo sobre Ele, não é mais nada disso, porque Deus se renova a cada instante.
Quando sentimos Sua Presença, a certeza é a única coisa que somos e, ao mesmo tempo, não temos certeza alguma. Somos tudo e nada. Somos imensos na nossa insignificância e diversos na unidade. Simplesmente sabemos, sem saber de nada. Somos, sem ser coisa alguma.
Quer entender Deus? Desista de entender… E, ao invés disso, abra-se para a experiência do divino que se revela em cada momento. Permita-se sentir a beleza da criação, a profundidade do amor e a simplicidade do ser. Deixe que a dúvida seja a curiosidade, e que a busca se torne um caminho de entrega. Ao soltar as amarras do entendimento, você encontrará a liberdade de simplesmente ser, de se conectar com o sagrado que habita em cada um de nós. É na entrega e na aceitação que a verdadeira compreensão se manifesta, não como um conceito, mas como uma vivência plena e profunda.
Deus não é um enigma a ser resolvido, mas uma presença a ser vivida.
Paz e Luz,
Paula
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